
No interior de Pernambuco onde nascí
O ano eu não me lembro
Carreguei muito tijolo, brita e munturo
O meu dono me batizou de MATUTO
Um dia chegou um cara e conversou
Meu dono que tava liso que só
Nem um grão de milho podia comprar
Fui vendido pro falador e minha sina começou
Andei de carro pela primeira vez
E quando avistei as pontes do Recife
Até rinchei e quando vi o mar
Me embebedei, más /á carroça carreguei
Foi tanta coisa nova que fiquei até cabreiro
O no meu ouvido um caba ficou falando
Parecia um curandeiro, fiquei atento
E numa noite as pontes fui rompendo
Eu um cavalo do interior, agora com fotos nos jornais
Vídeos na internet e tudo mais
Agora sou bem tratado, nunca tinha comido ração
Hoje sinto o cheiro de longe é uma bênção
Remédio pra vermes, Glicopan e potenay
Ferraduras nas minhas patas
Corte nas minhas crinas
E as éguas firam umas felinas
Hoje sou vaidoso tenho até orkut
Com fotos íntimas por sinal
Sorrindo depois de fazer amor
Nem lembro do meu interior, que horor
Hoje quando me hospedo nos interior
Todo mundo corre pra ver
Vije como ele é bonito e gordo
E o meu dono fica todo vaidoso
O meu dono que desculpe a expressão
Más quando à carroça chega
Causa uma boa impressão
Más o cavalo cansado abre o coração
As mulheres vão logo dizendo
Meu Deus o coitado do cavalo
Como aguenta meu senhor
E meu dono muito sabido atalha o temor
Ele já comeu ração logo pela manhã
E eu só tomei um café preto
Más o senhor no judeia dele não
Primeiro cuido dele meu motor judeio não
E meu dono falador arruma logo acomodação
Tira os arreiros água de montão
Aproveito me espojo minha esfoliação
E um lugar com pasto entro em ação
E as estradas do nordeste vou trilhando
As ferraduras vão deixando marcas pela pista
E os sítios povoados cidades vão ficando
Na memória a saudade aumentando
Nessa vida de cavalo aventureiro
Minha história vou fazendo
Já levei até carreira de cavalos
Contando o que viví, pensavam que era lorota
Agora me despeço desse cordel
Peço a todo que me entenda
Eu me autoelogiar
Sou Pernambucano tenho que me mostrar.
O ano eu não me lembro
Carreguei muito tijolo, brita e munturo
O meu dono me batizou de MATUTO
Um dia chegou um cara e conversou
Meu dono que tava liso que só
Nem um grão de milho podia comprar
Fui vendido pro falador e minha sina começou
Andei de carro pela primeira vez
E quando avistei as pontes do Recife
Até rinchei e quando vi o mar
Me embebedei, más /á carroça carreguei
Foi tanta coisa nova que fiquei até cabreiro
O no meu ouvido um caba ficou falando
Parecia um curandeiro, fiquei atento
E numa noite as pontes fui rompendo
Eu um cavalo do interior, agora com fotos nos jornais
Vídeos na internet e tudo mais
Agora sou bem tratado, nunca tinha comido ração
Hoje sinto o cheiro de longe é uma bênção
Remédio pra vermes, Glicopan e potenay
Ferraduras nas minhas patas
Corte nas minhas crinas
E as éguas firam umas felinas
Hoje sou vaidoso tenho até orkut
Com fotos íntimas por sinal
Sorrindo depois de fazer amor
Nem lembro do meu interior, que horor
Hoje quando me hospedo nos interior
Todo mundo corre pra ver
Vije como ele é bonito e gordo
E o meu dono fica todo vaidoso
O meu dono que desculpe a expressão
Más quando à carroça chega
Causa uma boa impressão
Más o cavalo cansado abre o coração
As mulheres vão logo dizendo
Meu Deus o coitado do cavalo
Como aguenta meu senhor
E meu dono muito sabido atalha o temor
Ele já comeu ração logo pela manhã
E eu só tomei um café preto
Más o senhor no judeia dele não
Primeiro cuido dele meu motor judeio não
E meu dono falador arruma logo acomodação
Tira os arreiros água de montão
Aproveito me espojo minha esfoliação
E um lugar com pasto entro em ação
E as estradas do nordeste vou trilhando
As ferraduras vão deixando marcas pela pista
E os sítios povoados cidades vão ficando
Na memória a saudade aumentando
Nessa vida de cavalo aventureiro
Minha história vou fazendo
Já levei até carreira de cavalos
Contando o que viví, pensavam que era lorota
Agora me despeço desse cordel
Peço a todo que me entenda
Eu me autoelogiar
Sou Pernambucano tenho que me mostrar.
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